09 de Setembro de 2009

Decidi finalmente fazer um post sobre o que penso da actual conjuntura política nacional. A 18 dias da eleição de um novo governo e a sensivelmente 1 mês da escolhas autárquicas, aqui ficam as escolhas de quem nunca votou numas eleições desta importância.

 

Começando pelas legislativas, o meu voto vai muito provavelmente para o Partido Socialista e para José Sócrates.

 

Porquê? Bem, ao invés de justificar a minha escolha através das qualidades do Primeiro Ministro e do seu programa eleitoral, vou optar por seguir uma lógica de exclusão de partes.

 

Dos extremos não gosto e com eles não me identifico. À esquerda temos o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda com as suas utopias operárias. Não creio que a crise se resolva com nacionalizações em massa, pelo contrário, ficaríamos muito pior. E sobre esquerdas estamos conversados.

 

Do lado direito temos um Paulo Portas. O programa eleitoral do CDS até tem valor, mas como é que posso votar numa pessoa tão incongruente como Portas? Esperava mais do beijoqueiro, então vota numa lei e depois faz campanha contra ela? E isto Sr. Portas? Difícil de explicar não? Para não falar que foi o pior ministro da defesa de que há memória.

 

Vejamos então a principal adversária de José Sócrates, a social democrata Manuela Ferreira Leite. A doutora Ferreira Leite apresenta-se como uma candidata retrógrada e com incoerências crassas para quem almeja a governação do país. No momento de escolher os nomes para as suas listas, Ferreira Leite achou por bem incluir António Preto nas mesmas. Este último citado é acusado de receber quantias enormes de dinheiro vivo por parte de construtores civis e de ter lesado o Estado Português em qualquer coisa como 37 mil euros. Se eu, que me farto de dizer e fazer asneiras, não consigo conceber isto, como diabo é a que a doutora Manuela Ferreira Leite o fez?? Mas ainda há mais e ainda sobre as listas sociais democratas. Não é que a senhora afastou os que as criticavam e incluiu os amiguinhos todos! Tal facto é só por si grave, mas pior fica quando vemos que os nomes afastados poderiam influencia muito positivamente o voto para o PSD. Para completar a enchorrada de disparates diz que a madeira é um modelo de democracia! Enfim... o voto no PSD fica também afastado.

 

O PS, enquanto governo tomou medidas corajosas e a meu ver necessárias. A maioria absoluta permitiu uma maior autonomia nas decisões tomadas na assembleia mas por outro lado limitou a flexibilidade indispensável a uma democracia saudável. Ainda assim, a melhor opção no meu entender.

 

Sobram ainda os partidos que, sem o rabinho aquecido por falta de assento parlamentar, tentam nestas eleições virar a sua situação menos agradável. Há opções para monárquicos, nacionalistas, humanistas, etc. Ninguém os leva muito a sério. Eu também não.

 

Imagem retirada do blog HenriCartoon

 

Ao nível das autarquias. Acho que todos devemos fazer um esforço para tentar descortinar o candidato que menos roubará a Câmara. Depois disso o que há a fazer é confiar-lhe o voto. Brincadeiras à parte, aqui em Coimbra vou votar no senhor Carlos Encarnação. Tenho gostado do trabalho que tem feito e da humildade que já o vi demonstrar. 

 

Ainda mais localmente, temos as escolhas das juntas de freguesia. Vivendo eu numa freguesia pequena onde não é nada difícil conhecer todas as almas que por cá moram, o voto torna-se muito mais pessoal. Ficam de fora as ideologias de esquerda ou de direita porque eu conheço os candidatos, sei o que poderão, ou não, fazer pela freguesia. Oxalá todos pudéssemos usufruir desta sorte.

 

Já vai longo o post mas apenas quero chamar a atenção para algo que me incomoda durante as campanhas eleitorais. Será que as mentes iluminadas que nos planeiam governar não encontrariam melhor destino para os milhares de euros gastos em outdoors e tretas propagandistas?

 

21 de Agosto de 2009

Apreciem só, queridos (e)leitores, estas maravilhas que por essa Coimbra fora brilham:

 

 

 

 

 

São estes os outdoors dos principais candidatos à presidência do municipio.

 

Ao ver a propaganda lamechas do actual presidente, o independente Pina Prata deve ter dito aos seus botões que era possível fazer melhor que aquilo e vai de desencantar o "trabalho". Álvaro Maia Seco, candidato socialista à autarquia da cidade estudantil, lá deve ter entendido que nem "amor" nem "trabalho", "ambição" é mesmo o que esta cidade precisa agora. 

 

Bolas... sou só eu a achar que Coimbra pedia mais dos seus candidatos? Nem que fosse algo vindo dum género mais avelinista. Se temos que gramar com dezenas de outdoors, ao menos que nos façam rir.

 

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